O quadro foi um presente da M.Helena. O título é “ESPAÇO”, mede 1,00 x 0,90 m e é de l987.
Uma pequena homenagem a uma grande artista
Sílvia Matos
Quando criança, na casa da minha avó, eu via passar aquela moça bonita com longos cabelos castanhos ondulados e ficava encantada. Mal sabia eu que muitos anos depois eu iria entrevistar esta vizinha da minha avó e que ela era uma artista famosa, pertencente ao Grupo Vanguarda aqui de Campinas. Ficamos amigas e eu continuei encantada com a pessoa e mais ainda com a artista.
Vou transcrever um pedaço do texto que resultou da minha entrevista e que está no livro : O Ensino de Artes Plásticas em Campinas (esse livro e todo material da pesquisa encontra-se na Memória da Unicamp – Acervo Sílvia Basilio de Matos)
Entre os artistas fundadores do Grupo Vanguarda havia uma única mulher, Maria Helena Motta Paes. Ela era, nessa época ainda bem jovem (e mulher!), mas seu trabalho se impôs. Foi Raul Porto que levou seus desenhos para a apreciação de Belgrado, iniciando assim o processo que resultaria na sua participação no Grupo Vanguarda. Maria Helena cita duas influências decisivas para o desenvolvimento de seu trabalho: Edoardo Belgrado e Waldemar Cordeiro. Para ela, Belgrado estava a “cem anos na frente de tudo” e Cordeiro “foi tudo na minha vida, um amigo, um incentivador, ele impulsionava você a criar, você a acreditar naquilo que você pretendia, porque ele tinha uma palavra que lhe dava força no momento em que você estava em dúvida”. Em 1961 Maria Helena Motta Paes fundou o Grupo Hoje. Além de promover um curso de arte no Atelier São Judas Tadeu, localizado à rua General Câmara, 277, o Grupo Hoje tinha por grande objetivo incentivar talentos novos. “Para mim assistir a criação de um artista era uma coisa fundamental, tão importante quanto a Arte em si”. Os ensinamentos que recebeu de Edoardo Belgrado, e, posteriormente, de Waldemar Cordeiro, Maria Helena passou para seus alunos, mas sem tentar influenciar o estilo próprio de cada um. Para ela o professor não tem a função de criticar ou corrigir, mas de orientar, incentivar, esclarecer dúvidas, mostrar a história e a atualidade da arte no mundo. “Essencialmente o artista deve ser ele mesmo, antes e a despeito de qualquer reflexo, qualquer motivo, qualquer crítica. Ele tem que ser antes de tudo um forte.”
Para mais informações sobre Maria Helena Motta Paes leia o artigo de Dayz Peixoto Fonseca no
www.olholatino.com.br/revista/arquivo/2006/jan/1/maria.htm
Quando criança, na casa da minha avó, eu via passar aquela moça bonita com longos cabelos castanhos ondulados e ficava encantada. Mal sabia eu que muitos anos depois eu iria entrevistar esta vizinha da minha avó e que ela era uma artista famosa, pertencente ao Grupo Vanguarda aqui de Campinas. Ficamos amigas e eu continuei encantada com a pessoa e mais ainda com a artista.
Vou transcrever um pedaço do texto que resultou da minha entrevista e que está no livro : O Ensino de Artes Plásticas em Campinas (esse livro e todo material da pesquisa encontra-se na Memória da Unicamp – Acervo Sílvia Basilio de Matos)
Entre os artistas fundadores do Grupo Vanguarda havia uma única mulher, Maria Helena Motta Paes. Ela era, nessa época ainda bem jovem (e mulher!), mas seu trabalho se impôs. Foi Raul Porto que levou seus desenhos para a apreciação de Belgrado, iniciando assim o processo que resultaria na sua participação no Grupo Vanguarda. Maria Helena cita duas influências decisivas para o desenvolvimento de seu trabalho: Edoardo Belgrado e Waldemar Cordeiro. Para ela, Belgrado estava a “cem anos na frente de tudo” e Cordeiro “foi tudo na minha vida, um amigo, um incentivador, ele impulsionava você a criar, você a acreditar naquilo que você pretendia, porque ele tinha uma palavra que lhe dava força no momento em que você estava em dúvida”. Em 1961 Maria Helena Motta Paes fundou o Grupo Hoje. Além de promover um curso de arte no Atelier São Judas Tadeu, localizado à rua General Câmara, 277, o Grupo Hoje tinha por grande objetivo incentivar talentos novos. “Para mim assistir a criação de um artista era uma coisa fundamental, tão importante quanto a Arte em si”. Os ensinamentos que recebeu de Edoardo Belgrado, e, posteriormente, de Waldemar Cordeiro, Maria Helena passou para seus alunos, mas sem tentar influenciar o estilo próprio de cada um. Para ela o professor não tem a função de criticar ou corrigir, mas de orientar, incentivar, esclarecer dúvidas, mostrar a história e a atualidade da arte no mundo. “Essencialmente o artista deve ser ele mesmo, antes e a despeito de qualquer reflexo, qualquer motivo, qualquer crítica. Ele tem que ser antes de tudo um forte.”
Para mais informações sobre Maria Helena Motta Paes leia o artigo de Dayz Peixoto Fonseca no
www.olholatino.com.br/revista/arquivo/2006/jan/1/maria.htm
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