Novo e usado ou novo e ousado
Olhem o que “descobri” nos meus arquivos sobre arte: o resumo de uma entrevista de Rubens Pileggi Sá, para o Canal Contemporâneo, em 2005. Isso me interessa atualmente, já que estou fazendo essa série (“Norte”) na qual me aproprio (traduzo) de obras já consagradas pela história da arte.
Afirma Pilleggi que, na cabeça da maioria das pessoas, arte e originalidade, ou arte e genialidade são quase sinônimos, como se o talento criativo estivesse em uma ordem superior do mundo. Mas nem sempre é assim, ou quase nunca é assim, comenta ele. O fato é que ninguém cria do nada. Ninguém inventa algo absolutamente novo e original.
O plágio, a cópia, a citação e a referência estão sempre à mão para serem usados, manipulados, combinados em relações insólitas.
E Pileggi cita o livro de Guy Debord, A Sociedade do Espetáculo: “o plágio é necessário. O progresso supõe o plágio. Ele se achega à frase de um autor, serve-se de suas expressões, apaga uma idéia errônea, a substitui pela idéia correta”. E não é à toa, continua Pileggi, que a cultura do RAP se apropria do que já foi gravado e remixa sons e imagens de autores diversos, criando algo ao mesmo tempo familiar e estranho. Novo e usado ao mesmo tempo. Ou melhor, novo e ousado, porque problematiza a questão de direitos autorais, assim como acontece na Internet.
Afirma Pilleggi que, na cabeça da maioria das pessoas, arte e originalidade, ou arte e genialidade são quase sinônimos, como se o talento criativo estivesse em uma ordem superior do mundo. Mas nem sempre é assim, ou quase nunca é assim, comenta ele. O fato é que ninguém cria do nada. Ninguém inventa algo absolutamente novo e original.
O plágio, a cópia, a citação e a referência estão sempre à mão para serem usados, manipulados, combinados em relações insólitas.
E Pileggi cita o livro de Guy Debord, A Sociedade do Espetáculo: “o plágio é necessário. O progresso supõe o plágio. Ele se achega à frase de um autor, serve-se de suas expressões, apaga uma idéia errônea, a substitui pela idéia correta”. E não é à toa, continua Pileggi, que a cultura do RAP se apropria do que já foi gravado e remixa sons e imagens de autores diversos, criando algo ao mesmo tempo familiar e estranho. Novo e usado ao mesmo tempo. Ou melhor, novo e ousado, porque problematiza a questão de direitos autorais, assim como acontece na Internet.
Texto e fotos de Olívia Niemeyer
Um comentário:
O trabalho de Olívia Niemeyer está lindo! Parabéns, Olívia. LALAU
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