sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

(IN)VEJA DE ÂNTROPA...

Não sei porque, mas acordei pensando em Louise Bourgeois. Há muitos anos atrás vi uma exposição de desenhos dela, nos Estados Unidos, nem me lembro mais onde... Lindos! Ela talvez seja mais conhecida pelas esculturas de imensas aranhas, como esta abaixo:



Mas a minha inveja de hoje é este trabalho, que achei olhando o Google:


Defiance (Le Défi), 1991. Painted wood, glass, and electrical light, 67 1/2 x 58 x 26 inches. Solomon R. Guggenheim Museum. 91.3903. © Louise Bourgeois/Licensed by VAGA, New York, NY.

Como diz a Olívia "por que eu não pensei nisto antes?"

Louise Bourgeois teve uma retrospectiva de sua obra na Tate Gallery, de Londres, de outubro de 2007 a janeiro de 2008. A propósito desta exposição, segue um trecho de texto de Raquel Costa:

"Louise Bourgeois é incontestavelmente uma das escultoras mais consagradas da actualidade no mundo inteiro. Com uma carreira prolífica, desenvolvida ao longo de muito mais de 60 anos, é por altura do seu 95º aniversário que parece chegado o momento de uma retrospectiva. As suas obras, fruto de uma produção fecunda ao longo dos tempos, encontram raízes nas mais diversas tendências artísticas do século XX, perpassando desde a abstracção ao realismo, estando contudo marcadas por uma expressão inequivocamente singular, poderosa e profundamente inventiva, que manteve a artista na vanguarda da arte contemporânea. Rouge est la couleur du sang é a frase que inicia o texto que acompanha a instalação “Red Room” e poderia constituir-se como epíteto da obra de Louise Bourgeois. A sua inspiração encontra-se fundamentalmente enraizada nas memórias da infância, e a arte adquire então neste contexto um carácter de exorcismo – veículo de formalização da dor. Recorrendo a meios tão distintos como a gravura, o desenho, a instalação, a escultura tradicional e mesmo a escrita, mas que se articulam sempre numa necessária complementaridade, as suas obras constituem em si mesmas uma espécie de linguagem simbólica através da qual a artista reproduz quase obsessivamente os temas centrais da sua vida: sofrimento, sexo e morte. É tão espantosa quanto perturbadora a evidência de uma aguda sensibilidade feminina, mas que pela sua singularidade específica se desmarca de qualquer vestígio de uma arte dita feminista, entendida em termos tradicionais."
Esta é uma (IN)VEJA de Lalau Mayrink

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